NOTÍCIA E OPINIÃO
O direito à saúde deve ser assegurado de forma plena, buscando-se concretizá-lo em sua totalidade, sempre numa procura constante, mesmo que não se consiga atingi-lo ao fim. Porém, como dito, deve-se sempre procurar efetivá-lo. Nesse panorama, o autismo aflige várias crianças, o que causa sofrimento aos pais, quando diagnosticado.
Vários tratamentos são empregados sem sucesso na tentativa de curá-lo, como integração sensorial e largas doses de vitaminas. Todavia, tem-se aplicado uma terapia com "maior êxito": A.B.A - análise de comportamento. Esta terapia transforma toda ação cotidiana em pequenos passos adquiridos por memorização e repetição. Este método foi desenvolvido por especialistas da Universidade da Califórnia, mas infelizmente tem custos elevados, em torno de $10.000 e $15.000.
Vale dizer que o autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento que se estende ao longo da vida, porém o seu diagnóstico é baseado em uma constelação de sintomas comportamentais, como dificuldades sociais. Embora os sintomas de autismo freqüentemente tornam-se menos graves na idade adulta, o consenso tem sido sempre que seus sintomas principais permanecem. A maioria dos médicos há muito tempo têm descartado a ideia de que alguém pode se recuperar de autismo. Curas supostamente foram divulgadas na internet - tiros vitamínicos, suplementos nutricionais, desintoxicantes, dietas especiais, salas pressurizadas cheios de oxigênio puro e até mesmo a quelação, a remoção potencialmente perigosa de metais pesados do corpo. Mas nenhuma evidência indica que qualquer um deles pode aliviar alguns dos sintomas principais do autismo, muito menos erradicá-lo.
O que se vem verificando, no entanto, são os resultados positivos do método A.B.A., que vem permitindo a busca pela concretização da saúde. Trata-se de técnica estrangeira, que parece transmitir segurança e eficácia, embora não esteja prevista na lista do SUS (que prevê tratamento medicamentoso). Talvez, fosse o caso de o Ministério da Saúde realizar outra audiência pública sobre o tema, como feito em 2013, reabrir o assunto para debate científico, e quem sabe rever os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, no que se refere a esta doença e possibilitar uma "superação" maior por parte dos enfermos, como vem se verificando nos Estados Unidos.
Fonte: The New York Times. July 31. - The Kids Who Beat Autism.
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